11 de jul. de 2010

:: Do que eu estou falando... ?! ::

Tudo muito natural. Afinidades, coincidências de princípios, medos, sorrisos e uma porção de momentos comuns. É assim que nasce alguma coisa que a gente não quer nomear. Pra quê? A sintonia permeia o processo todo e a isso a gente chama amizade, um dos sentimentos mais válidos disso tudo aqui pra mim, por sinal. E de repente a lembrança volta a lugares surpreendentes naquela hora em que já não se está mais ali, com ele. E você começa a se perguntar o que é que deu errado, ou seria certo? O curso do rio era pro outro lado, você tinha certeza. E tudo começa a soar de outro jeito. Aquelas palhaçadas sem qualquer objetivo tomam uma seriedade que atrapalha tudo. E você decora as diversas expressões que ele é capaz de desenhar com o rosto e sabe exatamente quantas palpitações cada uma delas provoca no seu peito, quando não na garganta. E é necessário então fazer um esforço imenso pra se lembrar de que nada disso faz nenhum sentido a dois, e que você é solitária também aqui neste lugar. O carinho de antes também ganha outros níveis e nomes, e já não se pode brincar com as mãos porque nunca se sabe quais serão as consequências daquele toque que agora te faz tremer sem poder disfarçar. E você passa o dia todo prestando atenção nos seus próprios olhos, porque num descuido, os teimosos querem ir na direção dos dele. E sim, julgo, estou falando de amor, e de que mais seria?!

Amanda Proetti
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Obs.: publicado aqui porque histórias de amor nascidas de amizades são lindas demais....