17 de nov. de 2008

Sensações

O coração pede

A razão nega

A saudade implora

A razão nega

O peito explode

A razão nega

Os sentidos brigam

A razão se entrega...
foto: autor desconhecido (pela Iêda! rs)


Sabe o que ela lembrou depois do abraço de despedida? De sensações. Sempre lembra do que sentia cada vez que ele a olhava, do que sentiu desde a primeira vez que o sentiu (com repetição mesmo! Muitas!) colado a ela. Da sensação do primeiro beijo roubado, do primeiro toque. Certa vez, ele disse que lembrava de detalhes até da roupa intima que ela usava na primeira vez deles e assim por diante. Ela era o oposto, lembrava de pele, de quando ele pegou a mão dela pela primeira vez e enroscou seus dedos nos dela e a abraçou pelas costas, de conchinha, como dizem. Lembra do que sente só com seu olhar, com sua voz e de tudo o que sentiu em todas as vezes que fizeram algo pela primeira vez ou mesmo quando fizeram a mesma coisa pela milionésima vez. Sensações boas também em tudo o que aprendeu com ele, a gostar, a experimentar. Tornou-se mais feliz com estas sensações. Mais ousada em tudo, até para enfrentar medos. Nessas horas se sentia tão bem, tão leve. Por algum tempo, sentiu tudo só fechando os olhos e respirando fundo, mas longe, distante de sensações reais.

Ai veio a segunda primeira vez... Tudo aconteceu de forma mais intensa, porque no fundo nunca imaginou que o teria perto novamente. E, sabe o que descobriu? Que ainda tinha as mesmas fantásticas sensações. Ele fez tudo vir à tona. Quando a abraçou, foi como se tivesse passado apenas o intervalo rotineiro dos dias que não se viam e não os meses que se passaram. Quando ele foi embora novamente, sentiu um vazio sufocante, como o de quem tem medo de que essas sensações não voltem. Como se fosse uma despedida mesmo, porque ela não sabia se era....

Mesmo assim, achou que este medo não era ruim, pois fez perceber que tinha que continuar com os pés no chão, da mesma forma que aprendeu naqueles meses. Ela já sabia se levantar diante das sensações ruins. Ou, assim esperava.

Ele sempre a fez sentir-se muito bem em seus braços, ao seu lado, segurando suas mãos com os dedos entrelaçados, com seu rosto encostado no peito dela como que pedindo proteção, com os rostos colados um ao outro... Por tudo isso, ela não tinha medo de ficar perto dele novamente... assim como o medo que ele parecia ter ao lado dela e que o fazia desaparecer e reaparecer do nada.

Assim, ela achou que podia deixar para trás ele e as sensações. Tentou, mas os pensamentos ainda a consumiam. Tudo era muito confuso. E só ficava a pergunta: que amor é esse que constrói, destrói, abandona, mas não abandona? E ainda se tormou enorme e indestrutível dentro do coração dela...


Iê...

4 comentários:

Anônimo disse...

Qual remédio pra esse mal? Outro amor? O tempo?? Blá..

Nenhum deles vai fazer a dor passar, nem fazer a dor sumir, nem parar as lembranças que aparecem o tempo todo. Mas esse sofrimento é único de quem ama, de quem se entrega de verdade. Infelizmente é a parte ruim do amor..

Não há o quê dizer a ela, não há como entender o quê ela sente..
Parafraseando, 2 vezes, Bob Marley:

"Cada um sabe o peso do fardo que carrega." e "A pedra que o construtor rejeita, pode ainda se tornar a pedra-mestra."

É só não desanimar, uma hora melhora..

Bjos.

Ana Rosa disse...

Que coisa linda, é o amor é intenso, mas às vezes é a solução de tantos problemas, mas também pode se tornar o problema, bjs

Loira e Morena disse...

Iedaa...primeiro obrigada pelo parabenss!!!..rs
Menina que texto mais lindo esse...me vi em varias partes enquanto lia...
Lindo mesmo viu..parabens!!!

BEijocas da Loira

Anônimo disse...

Brigadinha por todos comentários!

Fábio: É, tudo melhora sempre, né? E Bob Marley sempre diz o certo! rs

Ana: Verdade, o amor é a solução e também o problema!

Loira: Denadinha. Espero que dê tudo certo sempre! E obrigada!!!!

Beijões