Um conto, uma fábula, uma história de amor indestrutível....

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Aquele dia teve uma mistura de sensações dentro dela. Primeiro ALEGRIA. Depois PRAZER. Intenso, maravilhoso, feliz, fervente como sempre. Seus corpos sempre se atrairam de forma inexplicável e o resultado era CLIMAX total, desde a primeira vez que o viu pôde sentir.
De repente, quando a sublimação tomava conta deles, de seus corpos, de suas almas, veio a surpresa. TRISTE. Primeiro SUSTO. Depois MEDO, DESESPERO, INDIGNAÇÃO, NOJO, ÂNSIA, DECEPÇÃO causados por ele.
E mesmo assim precisava que os braços dele a confortassem.
Derrubou lágrimas, mas não chorou. Há tempos prometeu não chorar por ele. Seu corpo sentiu uma FRAQUEZA incontrolável. Sim, porque ele é seu néctar, sua droga preferida. DERROTADA. Mas ela não conseguia largar esse vício, por mais que dissessem que isso a destruia. Ele é seu veneno, afrodisíaco do seu ser. Ela não podia fechar os olhos, a visão que tinha era como uma facada no peito. O abraçou forte diversas vezes, seu abraço a confortava do mal que causara. Mas depois se foi, era necessário.... VAZIO. E tudo voltou à tona na mente dela. Lembranças deliciosas pareciam despedaçadas. Será que só ela enxergava daquela forma? Impossível saber. Tentou odiá-lo. Sim, tentou. Porém, o lugar que tomou em seu coração é fechado com portas de aço que pesam toneladas indescritíveis, impossível arrombar e tirá-lo de lá.
Passou o restante do dia olhando dentro dos seus próprios olhos a destruição causada. Era evidente. Estava DEMOLIDA. Mas o coração continuava lá, intacto. Tentou desenvolver pensamentos mágicos para tal destruição, fez uma lista dos defeitos dele, não os que aprendeu a conviver, mas os mais podres. E, acredite, nem assim o sentimento se foi. Pelo contrário, o amor pulsava numa força explêndida e o corpo exigia a presença dele, o cheiro, o calor, o toque, da forma que havia sentido horas atrás. Estado de ABSTINÊNCIA. Dolorido.
Que amor é esse que não se destrói pela falta, pelos erros...?, ela pergunta a si mesma a cada instante que vê a alegria existente no olhar dos dois numa antiga foto.
E ainda se torturava com uma pergunta final. Quando venceria esse amor? Sem resposta. EXTASE!
Iê...